quinta-feira, 4 de abril de 2013

34 Anos e Diversas Vidas


Hoje, nada mais e nada menos, o meu ator preferido de todos os tempos, o Heath Ledger, está completando 34 anos de vida. Completando ano sim, pois, para mim, é impossível um ator com esse porte e essa naturalidade cênica morrer só porque a matéria desintegrou-se. Sei que tanto eu como todos os outros milhões de fãs do Heath, sentimos, demasiadamente, uma saudade imensa de vê-lo no Cinema ou na TV.

“Eu ainda sou pequeno. Eu ainda tenho seis anos. Mas é apenas uma questão de querer se levantar, é apenas uma viagem grande. Me senti como se estivesse em uma viagem quando saí de casa, e eu ainda sou.


O Ledger, que hoje completa ano em outra atmosfera, com certeza sente na mesma intensidade de antes, o que até hoje nos deixou de presente. Com tantos personagens e múltiplos projetos, conseguimos interpretar o seu nível de trabalho facilmente e, associá-lo, de maneira construtiva, o quão tão fucking ator ele foi, e será, mesmo não fazendo mais parte, de maneira sólida, entre nós.

“Eu tinha um amigo muito querido, que é meu tio. Ele é um cara grande. Ele vai para a junta de combate no deserto de Nevada, e ele é gay.

Um dos personagens do Heath que mais me manteve intacto na estória, consequentemente, foi o Joker, o coringa de  The Dark Knight (2008) e, claro, o Ennis del Mar de Brokeback Mountain (2005). A diferença entre ambos personagens me fez associar muito bem qual o tipo de ator o Heath conseguia ser e o que mais me atraia em seu trabalho: a diversidade entre o comportamento artístico e humano.

“Se você estiver seguro sobre as escolhas que você faz, você não crescerá.”

O Heath que conhecemos teve início em 1990 iniciando em filmes e na televisão australiana; foi quando, em 1998 mudou-se para os Estados Unidos e, consequentemente, para a sorte de todos nós, prosseguiu sua carreira de ator. Seu primeiro trabalho nos Estados Unidos foi 10 Things I Hate About You (1998), nos anos seguintes ele participou de mais 19 filmes, entre eles: The Patriot (2000); Monster's Ball (2001); A Knitght's Tale (2001); Brokeback Mountain (2005); The Dark Knight (2008) e etc.

“Foi uma oportunidade para contar uma história que não tinham sido colocadas na tela. O personagem é tão trágico. Eu realmente gostei de como ele tinha poucas palavras para expressar a sua batalha e expressar a sua incapacidade de amar.

Além de toda essa degustação cinematográfica, o Heath também dirigiu videoclipes de artistas como Modest Mouse (clique aqui para assistir o vídeo) e Ben Harper, tal qual não consegui encontrar. Entretanto, caso não fosse sua morte, o Heath tinha projeto de seguir carreira de diretor de cinema. 

Em 22/Janeiro/2008, foi encontrado em seu apartamento o seu corpo. A causa de sua morte prematura só foi divulgada 2 semanas depois quando o serviço de medicina legal de NY chegou a conclusão que: foi ocorrido uma intoxicação acidental por remédios prescritos. Aos 28 anos de idade morre o meu ator preferido, poucos meses depois de ter gravado o Joker em The Darkness Knight.  A saudade que nunca vai passar, só alimenta o grande e completo ator, que o Heath sempre foi.

Onde quer que você esteja
Sentado ou deitado
Sozinho ou rodeado
Que você esteja:
Sorrindo;
Amando;
Agindo;
Rindo;
Sentindo;
E sendo
O que nunca deixou de ser
Para nós,
Toby; 
Oberon;
Jimmy; 
Patrick Verona;
Gabriel Martin;
Sir William Thatcher;
Sonny Grotowski;
Harry Faversham;
Ned Kelly;
Alex Bernier;
Skip Engblom;
Jacob Grim;
Ennis del Mar;
Giacomo Casanova;
Dan;
Robbie Clark;
Joker/Coringa;
Tony.

Heath Ledger!





segunda-feira, 1 de abril de 2013

Aviso

Então galera, o blog andou parado por algum tempo devido principalmente à falta de tempo da parte interessada em postar e a falta de interesse dos outros moderadores. Eu ( Bruno ) estou elaborando o projeto de outro blog voltado para a área de publicidade e jornalismo, mas pretendo dar continuidade com o el burrito, peço desculpas a quem acompanhava o blog por esse período todo sem posts e sem explicações.
Por: Bruno Vaz

sábado, 9 de março de 2013

Mentira, a vida.

Inevitavelmente eu sei ser amável, amigável e doce. Enjoo às vezes, não é sempre. Inexoravelmente abaixo minha cabeça e, involuntariamente, me vejo distante de algumas pessoas que, na verdade, só faltaram assinar um contrato onde estaria escrito 'Nunca vou te abandonar e muito menos te deixar partir'.

Partir todo mundo parte, seja em metades ou seja no destino. Nunca é fácil pegar as malas que se encontram no chão  e seguir adiante sem nem ao menos olhar pra trás.

Visar passado é coisa de museu. Não sou um museu!

"Há uma grande turbulência", fala isso a mesma voz que nunca deixou claro que a vida era esse eterno jogo de aprendizes. Cada um mais ignorante que o outro.

Uns, já nascem espertos e se desenvolvem com as pancadas e tropeço; enquanto outros não procuram dar corda nem nas próprias pernas em direção ao caminho que, cegamente, escolheram.

Leitores! Não criem expectativas esperando sossego e sonhos confortáveis. A vida não é fácil e, se fosse, provavelmente não se chamaria vida; se chamaria mentira.

Mentira é você viver para sofrer; mentira é você acordar às 5 da manhã para fazer o café e enfrentar a vida de cabeça baixa e monótona; mentira é você se ver feio diariamente; mentira é você não se ver; mentira é o oposto do que realmente somos;  mentira é a visão inútil que temos de nós mesmos; mentira, subjetivamente, significa a fortaleza dos fracos, o alimento dos desesperados.

Então que não nos desesperemos.
Que não perquemos a essência e o passo da dança.
Que nunca deixemos em cima da mesa o sorriso meio torto.
Que nunca deixemos de sorrir e procurar nossos próprios valores que se encondem no oco de nossa alma. Que nunca deixemos de nos preencher e saber que de tudo o que fizermos há de ter uma verdade.

Mentira é a máscara que carregamos por defesa. Defesa essa que nos faz desistir de tudo, muitas vezes até mesmo da própria vida.

Vida.

Alexandre Cesar, 09/03/13

sexta-feira, 8 de março de 2013

Os Miseráveis

O filme se passa antes e durante a revolução francesa, é repleto de história, críticas sociais, atitudes para se refletir, é inspirador quando se trata de lutar por seus ideais. Eu já tinha visto o musical antes, lido o livro e tido várias aulas sobre "Os miseráveis", algumas das músicas eu reconheci, mas mesmo assim não pude deixar de me empolgar com o longa, me emocionar em diversos momentos e ficar maravilhado com todos cantando.

O elenco ficou muito bom, tanto os mais conhecidos pelo público como - Hugh Jackman ( Jean Valjean ), Anne Hathaway ( Fantine ), Russel Crowe ( Javert ), Amanda Seyfried ( Cosette ) e Helena Bonham Carter ( Mme. Thénardier ) - quanto os menos conhecidos, alguns que eu nunca havia visto antes, mas que mesmo assim me surpreenderam e não deixaram nada a desejar. O fato de ser um musical deve ter exigido muito de todos os atores e nos trouxe uma cena inusitada que foi vê-os cantando, algo que dificilmente nos atentaríamos ou pararíamos para imaginar.

A história é uma das mais bonitas que eu já vi, li e estudei, o contraste de vida dos que "podem" e dos que "não podem" está ali a todo momento, o foco é nos pobres, na vida sofrida e na falta de piedade que eles recebem, começando por Jean Valjean, ao roupar metade de um pão para salvar o sobrinho da fome é preso e condenado a "prestar serviços" desumanos, numa visão social a pena de puxar navios, o esforço físico e castigos, fora a documentação que passa a ser um fantasma a assombra-lo é absurda comparada à atitude do protagonista. Valjean não era um homem mau, muito menos perigoso por roubar pedaços de pão para salvar a família da fome e com sua pena nasceu um ódio momentâneo pela vida, que cresce a cada "não" que recebe por conta de seus documentos até que o monsenhor mostra uma mão amiga, não só o acolhendo como também encobrindo a mentira de Jean quando ele é pego com a prataria roubada e é nesse momento em que o padre planta uma semente no coração do "homem perigoso" que se mostra oito anos depois, quando ele se torna o prefeito Madeleine.
E são oito anos depois que tudo muda, Valjean, agora como Madeleine é o prefeito da cidade, seu povo prospera e ele se mostra um bom homem cruza seu caminho com duas personagens importantes, a primeira é Fantine, uma trabalhadora de uma fábrica que acaba envolvida em uma intriga na cena "at the end of the day", o que a força a cometer absurdos para manter a salvo sua filha Cosette, e Javert, o inspetor que falou para Valjean que nunca esquecesse dele e que passa a persegui-lo de maneira fervorosa. Quando Fantine é demitida da fábrica por precisar de mais dinheiro para dar aos gananciosos Thénardier, sendo acusada de prostituição ela é forçada a vender pertences para mandar o dinheiro que supostamente é para ajudar Cosette, acaba por vender o próprio cabelo, seus dentes, sua juventude, Fantine perde tudo e é nessa cena que vemos o clássico "i dreamed a dream", isso mostra o amor e devoção de uma mãe abrindo mão do orgulho, da beleza, para salvar uma filha e como aparentemente absolutamente ninguém se importa em ajuda-la, até que Madaleine a encontra e impede que Javert a prenda, ele vê as consequências de sua negligência com a mulher e sente a dor dela, assim se dispões a coloca-la sob cuidados médicos e buscar Cosette a qualquer custo. 
Enquanto isso Javert reconhece o prisioneiro 24601 em Madeleine, de início ele consegue despista-lo, porém Jean Valjean tem como característica a força que poucos homens tem e um dia na rua salva a vida de um pobre homem caído embaixo de uma carroça, o prefeito levanta a carroça sozinho, o que faz com que Javert não tenha mais dúvidas e reportar o prefeito, após um tempo pede perdão, pois prenderam em outro local o suposto Valjean, isso acende dúvidas em Madeleine, ele sabe quem realmente é e o que se entregar significaria para ele e para o povo do qual ele toma conta, mas mesmo assim lembra que tem um pacto com Deus e faz o certo, ninguém acredita no prefeito...com exceção de Javert, que vai atrás de Valjean, mas o perde pois o bom homem tem que cumprir uma promessa e buscar Cosette.

É fácil perceber que Valjean e Javert não são tão diferentes entre si, ambos têm fé em Deus, são homens bons que acreditam na justiça, porém com opiniões e modos diferentes, pessoalmente, não vejo culpa em Valjean, nem mesmo uma atitude perigosa e sim um homem digno, que lutou para sobreviver e que agora luta para fazer o bem às pessoas, enquanto Javert acredita na lei, faz o seu trabalho e tem dificuldades de enxergar os ideais dos revolucionários, portanto a busca insana pelo 24601 não é um comportamento mau, ele não é um vilão, só um antagonista.
Quando Madeleine vai buscar Cosette nós conhecemos o casal Thénardier que são a representação da ganância e da malandragem humana, eles são oportunistas, roubam e exploram o quanto podem, mas por quais motivos ? Vendo o contexto histórico e a vida daquela época não era por esporte e sim por necessidade, eles se aproveitam de uma "esperteza" para ficarem por cima, sem contar que trazem um lado cômico na grande maioria das cenas que aparecem.

Nove anos depois a revolução francesa está prestes a estourar, os estudantes estão organizados, arquitetam planos, o jovem Marius abdica de sua riqueza para lutar pelo mundo vermelho, dos bravos homens que lutam e cantam para libertar o povo da pobreza e da escravidão, eles não só acreditam no que cantam como mostram a quem assiste o musical a importância de se manter firme no que acredita, lutar e não fraquejar de maneira alguma, eles seguem isso porque sabem que é necessário e que assim mudariam a França, mudariam o mundo. Porém foi em um personagem fantástico que eu encontrei o verdadeiro espírito da revolução, o garotinho Gavroche, ele é o espírito jovem que carrega a luta, traz e representa a esperança, é ele quem não deixa os revolucionários desanimarem, é ele quem observa tudo e principalmente é ele quem se sacrificou e se tornou um mártir na história, Gavroche é um dos personagens que eu mais admiro, a criança tem o espírito de liderança e revolução e eu acredito que é por causa de seu sacrifício e depois do massacre da única barricada que posteriormente, seguindo a história, a revolução se consolidaria.

Outro ponto crucial para a história é quando Valjean liberta Javert, salvando o seu perseguidor da morte mesmo sabendo que ele mesmo não seria perdoado, a priori, então depois do massacre o protagonista salva Marius, que começou a história de amor do filme com Cosette - filha de Fantine que Valjean/Madeleine adota - e é achado por Javert novamente, Valjean não se importa com as ameaças do inspetor e continua seu caminho para salvar a vida do jovem Marius é nesse ponto que Javert entende que talvez ele estivesse errado, talvez Jean Valjean não fosse tão diferente dele, muito menos um homem mau, mas isso é algo que o inspetor não consegue suportar ou compreender, é como se a vida inteira dele tivesse sido uma luta por algo que não era certo e assim Jean Valjean ao dar a chance da vida para Javert sem querer deu a morte para o inspetor, não suportando o peso disso tudo Javert se suicida.
No geral o filme é incrível, emocionante e muito bonito, tem muita coisa que poderia ser tratada, muitas análises a mais a serem feitas e eu realmente recomendo "Os miseráveis" pra todo mundo, é uma história envolvente e que nos acrescenta muito, vale a pena ver.

por: Bruno Vaz

quarta-feira, 6 de março de 2013

Chorão

Eu não esperava escrever um post como esse tão cedo no blog, talvez eu nem mesmo esperasse escrever um texto como esse, assim como não esperava pegar o celular hoje de manhã e a primeira coisa que eu fosse ler era a notícia da morte de um cantor que participou da infância e juventude de muita gente, de toda uma geração. O chorão morreu, eu vi brigas em relação a pessoas falando que a causa da morte fora overdose e fãs que simplesmente não aceitaram essa ideia, bem...é uma realidade no mundo da música e dos artistas, também era uma realidade que o cantor sofria de uma depressão profunda, reclamava de solidão - como relatou sua prima, a apresentadora Sônia Abrão - o que ficou relacionado com o recente divórcio o qual ele passou, acho que todo mundo sabe que ele foi um cara muito ligado á família, então eu imagino como foi difícil, mas como a Sônia também falou, eu acredito que ele simplesmente se desesperou e não reconheceu um limite, resta agora a falta que esse homem vai fazer e mais um vazio enorme na música brasileira e uma singela homenagem do blog El Burrito ao cara que fez parte do meu crescimento.

O cantor e letrista querendo ou não fez parte sim da vida de todos nós, acho que não exista um brasileiro que nunca ouviu as músicas do Charlie Brown Jr, eu pessoalmente cresci ouvindo as músicas, eu cantava na rua, jogava basquete ouvindo o som, tentava arranhar as músicas no violão velho que ganhei da minha avó e principalmente tive o Chorão como uma das influências pra eu começar a andar de skate, cara, eu lembro de ouvir na MTV, acompanhar paródias que o Mion fazia no descarga e por ai vai. Sabem, eu posso me lembrar de vários momentos em que as músicas foram trilha sonora da minha vida, das vezes que eu descia uma ladeira de skate, dos amores e paixões, dos momentos de revolta... ou simplesmente ficar imaginando "zoio de lua" ou "ainda me lembro bem daquela quinta-feira, cinco malandro em volta da fogueira" e recordar dos amigos na rua, mandar um "papo reto" pra alguém, quem sabe só se inspirar na simplicidade de "alguém já perguntou como que foi seu dia?", "deixe viver, deixe ficar, deixe estar como estar", cantar de peito aberto e reconhecer a crítica de que "o que eles falam sobre o jovem não é sério, o jovem no Brasil nunca é levado a sério"!
A verdade é que ele não foi exatamente um bom exemplo em suas condutas, no uso das drogas, na revolta, algumas atitudes de falta de respeito, mas esse mesmo cara, foi o cara que era ligado na família, que rezava pra que seu filho pudesse não passar pelo que ele teve que passar, que quando criança trocava a sessão de brinquedos da loja pela de músicas e foi ele quem nos deu um exemplo incrível que é o de seguir os seus ideais, um cara que ganhou o apelido de Chorão por não conseguir andar de skate quando era moleque e acabou fundando uma pista de skate e inspirando milhares de garotos, como eu na época, a começar a aderir o esporte, que mostrou que alguém sem condições ou estrutura pode sim seguir seus sonhos e fazer sucesso. Sinceramente essa é uma das coisas que eu tenho como filosofia de vida, ele buscava ser feliz, lutava pelo que acreditava e correu atrás de um sonho, em quantas entrevistas não os vimos rir e brincar? Falar da família e agradecer a Deus ?
Hoje perdemos um músico, um poeta, um louco, um vagabundo, um revoltado, um skatista, um guerreiro! O Chorão inspirou, ensinou, fez trilha sonora e ajudou muita gente, desde a música da malhação até as marcas que ficaram nos maiores fãs, eu fico com um certo pesar em pensar nas oportunidades que eu tive de ir a um show que eu sempre quis ir e que agora não terei mais essa chance, não vou arrepiar ao cantar junto com a galera alguma música que me marcou. Eu só quero deixar expressa a minha admiração, agradecer pelos momentos que as músicas dele me proporcionaram e dizer Chorão, vá em paz, cara...o seu legado vai permanecer por muito tempo.







por: Bruno Vaz




terça-feira, 5 de março de 2013

Salut! Personnel! Sou o Alexandre e esse é o meu primeiro post no blog; terei como função trazer a vocês uma carreata de novidades sobre tudo o que envolve cultura visando todas as esferas culturais.
Hoje, vou falar sobre um dos meus melhores filmes feito em 2001 pelo cineasta Jean-Pierre Jeunet (nome foda do caralho! Poderia ser meu, mas o mundo é injusto demais).

O filme é de origem francesa, onde se passa no ano de 1997 e relata a estória de Amélie (muito parecida comigo, diga-se de passagem) que teve a solidão e um peixinho de estimação como seus melhores amigos; isso porque seu pai suspeitava de que ela tinha algum problema no coração, pois toda vez em que ele se aproximava dela para fazer os exames que eram feitos mensalmente, o mesmo batia freneticamente; só que na verdade a Amélie se sentia nervosa (de maneira afetuosa pela presença do pai, já que ele era tão distante); por esse motivo os seus pais privaram-a de frequentar a escola e ter contato com outras crianças. Amélie cresceu intelectualmente estudando em casa; sua mãe era professora e morreu logo em seguida em que as duas estavam saindo de uma igreja por uma suicida que pensava que o chão era feito de cama-elástica (só pode!). Tadica! Do chão não passou.
Logo em sua maioridade, Amélie, interpretada pela Audrey Tautou (a-p-e-n-a-s), resolveu sair de casa, localizada no subúrbio e foi morar em um apartamento no bairro parisiense de Montmartre, onde começou sua vida (pacata, aos olhos dos críticos) como uma garçonete de um restaurante local. Quando a Princesa Diana resolveu morrer, numa noite de domingo do mês de agosto (desgosto), a Amélie estava no seu banheiro passando alguma loção cujo nome desconheço e, impactada com a notícia ela deixa a tampinha da loção cair e ao procurá-la encara a reação da batida da tampinha em um pedaço da parede; logo em seguida, percebendo que alguma coisa estranha ali tinha ela encontra uma caixinha com brinquedos e figurinhas pertencentes ao antigo morador apartamento, Dominique Bretodeau, interpretado pelo ilustríssimo Maurice Bénichou. Ao entregar a caixinha ao Dominique (de maneira muito criativa), ela percebe que a única coisa que pode exigir das pessoas é a alegria, e então resolve dar uma de zorro-noel-chanel saindo por aí ajudando as pessoas e se preocupando com a minúsculas coisas como: colocar a mão em um saco de feijão; observar a cara feia dos outros no cinema; encontrar minúsculas coisas que diferencia as maiores coisas e se perguntar quantas pessoas estão gozando no determinado horário (brincadeira) . É assim que a Amélie remodela sua vida e a vive intensamente.
E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?
Eis um ponto de interrogação que, desde o início do filme, temos em nossa mente. Com o passar da estória, com a falta de praticidade e baixa frequência de toque (corpo a corpo), a menina Amélie se vê sozinha, opinando pelo silêncio pois a única coisa que lhe restou ao longo dos tempos foi a solidão (nem mesmo seu peixinho teve como opinar sobre vivenciar com ela as atrocidades da vida). Em certo final da tarde, quando a Amélie resolve pegar o metrô, ela se sente intimidada de maneira interrogativa, por um sujeito que tem como hobbie colecionar fotos 3x4 tiradas no próprio terminal. Isso ela se dá conta após o sujeito deixar sua mala e correr atrás dele feito uma louca alucinada, mas não consegue alcançá-lo. É aí que começa toda a estória de amor. E garanto, é a estória de amor mais linda que eu já vi em toda a minha vida.

Alexandre Cesar, 05/03/13.

Hitman Absolution - Resenha

Hitman absolution foi o jogo que zerei recentemente, na verdade não sou de jogar e por isso posts sobre jogos vindos de mim serão bem raros, porém Hitman é uma exceção, por eu ser fã da franquia. Terminei o jogo em menos de 12 horas e fiquei impressionado e bastante satisfeito. Sei que a essa altura muita gente já deve ter comentado sobre o jogo, muitos vídeos de gameplay foram lançados e afins, mas eu não podia deixar de falar sobre o tão aclamado hitman.
A história começa com a "traição" de Diana, uma das principais clientes da agência acaba por revelar segredos da agência e a expor, isso acontece, na verdade, por ela descobrir a nova "arma", uma garota de aproximadamente 16 anos chamada Victória, que foi criada pelos doutores para ser uma agente perfeita, enquanto ela usar um colar, ela terá habilidades de luta e tiro excepcionais. É justamente o fato da garota ter sido criada para essa vida e dos doutores terem tirado a chance dela de ter uma vida normal que faz com que o agente 47 se identifique e o mais incrível, saia daquele perfil de assassino frio, sem sentimentos e que não liga pra nada e demonstre pela primeira vez na franquia que se importa com alguém, o jogo gira em torno de localizar e/ou manter a garota a salvo da agência.
Em absolution o jogo em si volta para o formato de saga, o lado positivo é que instiga o jogador a querer saber quais serão os próximos passos do 47, pra onde a história vai, quais serão as próximas burradas cometidas e pra qual lado do país devemos seguir na próxima fase, os "cut sceanes" são simplesmente lindos, com um gráfico surpreendente e enredo bem construído conseguem deixar no ar a curiosidade e expectativa para as próximas ações e apresenta uma deixa pro jogador já elaborar alguma estratégia para completar a missão em questão. O lado "negativo" do formato de saga é que se você, como eu, jogou "Hitman - Blood & money" se acostumou com um formato de "fases", o que dava pra se dar ao luxo de repetir certa fase específica e explorar bastante todas as opções da missão, assim como dava para customizar as armas e aumentar o seu poder de fogo, impondo desafios a si mesmo. Quanto a essa comparação, acho que o único quesito que deixa a desejar em "Hitman absolution" é não ter como explorar tão bem cada missão quanto daria pra fazer, já que uma vez passada, só jogando tudo de novo para tentar outras estratégias.
Outro ponto que chama a atenção no jogo, depois do enredo bem elaborado e da história fantástica, são os cenários riquíssimos, temos muitos detalhes e uma interatividade com os objetos que é sensacional, luz e sombra, posicionamento, aspectos de limpeza ou sujeira de determinado local, o modo como o sangue se espalha e por ai vai. Durante a missão, no mapa, temos vários objetos do cenário que podemos usar para ajudar em alguma estratégia, objetos como facas, chaves de fenda, machados e afins podem ser lançados num inimigo, causando uma morte discreta e silenciosa e ainda podem ser pegos de volta dos corpos, já livros, estatuetas, pedaços de ferro, tijolos e por ai vai podem ser usados para chamar ou desviar a atenção.
Quanto a jogabilidade acho que não deixa a desejar, agora temos opções melhores e mais realistas de movimento, esgueirar-se se tornou mais fácil, encostar numa parede para usar de "escudo" é uma opção também. Uma novidade espetacular foi a habilidade do "instinto assassino" que permite ao jogador prever certos movimentos das pessoas no mapa, disfarçar ou esconder melhor o rosto e realizar tiros certeiros em sequência, o que dá uma bela cena!
Enquanto vemos melhoras na jogabilidade e novas ferramentas que facilitam a vida do jogador e consequentemente do agente 47, outros aspectos vieram para dificultar um pouco as coisas, tornando mais realista, por exemplo, ao se disfarçar e trocar de roupas, os uniformes de alguém que for muito mais magro ou muito mais gordo que o 47 não servirão, outro ponto que chamou a atenção e trouxe mais emoção ao jogo é que os disfarces são reconhecíveis agora, ou seja, ao contrário dos outros jogos da franquia onde bastava matar alguém, trocar as roupas e esconder o corpo que pronto, em hitman absolution o realismo é maior, ao se disfarçar de policial, jardineiro, funcionário, etc, você passa a ser reconhecido como estranho/suspeito pelos outros trabalhadores daquela área que são conhecidos entre si e portanto podem te denunciar ou exigir que você se renda, dando a opção de uma falsa desistência seguida de captura de refém.
Nesse jogo, especificamente, vemos todos contra o agente 47, a polícia emite retrato falado, enquanto a agência trabalha caçando-o e organizações criminosas buscam atrapalhar a vida do hitman, todos querem a garota, todos sabem que há um assassino a solta e são pouquíssimas as ajudas em que podemos ter, menos ainda as confiáveis, isso faz com que preços sejam pagos por informações e o agente, consequentemente o jogador, perca muitas ferramentas e instrumentos ao longo do jogo, isso força para que nos viremos com o que tiver a disposição na missão para sermos o mais discretos e/ou eficientes o possível.
Bem! É basicamente isso o que eu queria comentar sobre o jogo, mesmo sendo de algum tempo atrás eu continuo naquela de não revelar muito sobre a história em si, na esperança de que vocês leitores se cativem ou se interessem e busquem saber mais na prática, no caso, jogando! Eu recomendo bastante esse jogo, não só por ser fã declarado da franquia, mas por ter me impressionado bastante e ter ficado preso à história e jogado com bastante empenho no pouco tempo que eu tinha para aproveitar o jogo na casa do Matheus, se você já jogou e tem algo a acrescentar comentem o post, se não...joguem!

por: Bruno Vaz